O “Quero Fazer” é um programa de aconselhamento
e testagem voluntária (ATV) anti-HIV para gays, homens que fazem sexo com
homens (HSH) e travestis. Ele surgiu a partir de uma análise de que essas
populações tinham maior dificuldade em acessar o serviço público de saúde em
virtude do estigma que sofrem devido a sua orientação sexual e identidade de
gênero. Nesse sentido, o “Quero Fazer” é um programa piloto que está
desenvolvendo novas tecnologias sociais no campo da testagem e aconselhamento e
objetiva a indicação de política pública na área da saúde para atender a essa
população.
O
programa está desde 2011 sob coordenação da Associação
Espaço de Prevenção e Atenção Humanizada (EPAH) numa parceria
estabelecida com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional (USAID/Brasil) e o Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do
Ministério da Saúde. Além desses parceiros, o “Quero Fazer” conta com o apoio
técnico e logístico dos Programas Municipais e Estaduais de DST/Aids nas
localidades de Recife, Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, locais
onde atua.
Essa
parceria resultou no desenho, na implantação e implementação do “Quero Fazer”,
cujas linhas programáticas estão em consonância com os objetivos do “Plano
Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e das DST entre Gays, homens que
fazem sexo com Homens (HSH) e Travestis” do Governo Brasileiro e da mesma forma
com as prioridades e estratégias da USAID no Brasil em HIV/Aids.
COMO FAZER
Os
testes anti-HIV servem para detectar a presença de anticorpos no sangue gerados
pelo vírus da Aids. Nos últimos anos, desenvolveram-se para além dos exames
laboratoriais, os chamados “testes rápidos”, que são ferramentas muito úteis no
diagnóstico precoce do HIV/Aids e no combate ao crescimento da epidemia.
Diferente
dos testes convencionais, realizados com extração de sangue venoso por meio de
seringa, com resultados a partir de 7 dias, os testes rápidos utilizam uma
punção digital (gota de sangue da ponta do dedo) e podem informar sua sorologia
em até 20 minutos.
Com
essa alternativa, as pessoas podem receber o resultado do seu teste e o
aconselhamento numa única visita nos locais que oferecem Aconselhamento e
Testagem Voluntária (ATV). O Programa “Quero Fazer” utiliza essa tecnologia nos
locais que oferece a testagem. Essa metodologia é reconhecida pelo Ministério
da Saúde, que validou os testes utilizados e considera-os tão seguro quanto os
testes convencionais.
Em
relação aos testes rápidos é importante destacar que com eles é possível
ampliar o número de pessoas que se testam, pois é possível oferecê-los em
locais mais próximos da população e ao mesmo tempo diminuir o número de pessoas
que não retornam para pegar seus resultados.
O
“Quero Fazer” atua em quatro cidades levando o teste rápido e ações de
prevenção para a população de gays, homens que fazem sexo com homens (HSH) e
travestis:
- Recife/PE:
Unidade móvel (trailer) + Casarão das Ninfas/Clube Metrópoles
- Brasília/DF:
Unidade móvel (trailer)
- Rio
de Janeiro/RJ: na ONG/Grupo Arco-Íris + Unidade móvel (trailer)
- São
Paulo/SP: Unidade móvel (trailer)
- Fortaleza/CE:
em breve
As
equipes são formadas por profissionais dos serviços de saúde locais que atuam
em todo o processo: do pré-aconselhamento, passando pela ação de testagem e em
seguida ao o pós-aconselhamento, com a entrega do resultado e encaminhamentos
necessários para o usuário. Esse processo é regulamentado pela Portaria Nº 151
da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, de 14 de outubro
de 2009 que trata do acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV/Aids.
Há
também nas equipes os educadores de par, que trabalham na divulgação da
testagem e nas ações de prevenção junto ao público alvo do programa (gays, HSH
e travestis), além de acolherem os usuários quando chegam para a testagem. Toda
abordagem do trabalho dos educadores de pares está focada nas questões de
direitos humanos, combate ao estigma e à discriminação, promoção à saúde e
confidencialidade.
O processo do teste rápido está dividido em três etapas:
1.
É feito um pré-aconselhamento antes da realização do teste para que a pessoa
saiba o que está fazendo. Nesse momento a pessoa tira as duvidas e recebe
informações que vai lhe ajudar em seu plano de prevenção;
2.
Em seguida é realizado o teste propriamente dito, que consiste na coleta de
sangue (uma a duas gotas da ponta do dedo da mão), análise do resultado e
laudo;
3.
No pós-aconselhamento é feita a entrega do resultado, com orientações para o
plano de prevenção do usuário e encaminhamentos quando necessário.
Durante
esse processo o usuário receberá insumos de prevenção (camisinha e gel
lubrificante). É bom sempre lembrar que o teste rápido tem o mesmo grau de
qualidade que o exame convencional.
QUANDO FAZER
O
teste de Aids não deve ser feito de forma indiscriminada e a todo o momento.
O
aconselhável é que se faça o exame quem tenha passado por alguma situação de
risco, entre as quais: a) ter feito sexo anal, vaginal ou oral desprotegido; b)
ter realizado uso de drogas injetáveis com compartilhamento de agulhas e/ou
seringas; e c) ter diagnóstico de Tuberculose, Hepatite B e C ou outra doença
de transmissão sexual.
É
preciso levar em consideração a janela imunológica para realização do teste, ou
seja, após a infecção pelo HIV, o sistema imunológico demora cerca de um mês
para produzir anticorpos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste.
Se
você passou por uma situação de risco descrita acima, faça o seu teste!
Procure
o trailer do “Quero Fazer” nas cidades de Recife, Brasília, São Paulo e Rio de
Janeiro, ou ainda, no Grupo Arco-Íris no Rio de Janeiro e no Casarão das Ninfas
em Recife. As unidades públicas de saúde também oferecem o teste gratuitamente.
É
importante lembrar que o teste não é um instrumento de prevenção, fazê-lo
constantemente não vai protegê-lo da infecção.
O HIV pode ser transmitido:
- Por relações sexuais (anal, vaginal e oral) desprotegidas, ou seja,
sem o uso do preservativo;
- Pelo compartilhamento de agulhas e seringas;
- Da mãe para filho durante a gestação, parto e amamentação;
- Por transfusão de sangue.
É
bom lembrar que o HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, aperto de
mão, compartilhamento de toalhas, talheres, pratos, suor ou lágrimas. Portanto,
toda pessoa soropositiva pode e deve receber muito carinho e atenção!
PORQUE FAZER
O
Ministério da Saúde estima que no Brasil existam cerca de 255 mil pessoas
infectadas com o vírus da Aids, mas que ainda não sabem porque não realizaram o
teste. O teste para detecção do vírus HIV é um direito seu, ele é gratuito e é
importante fazê-lo.
Ter
um diagnóstico precoce, ou seja, descobrir com antecedência o seu estado
sorológico permite maior tranquilidade para em caso reagente (positivo) iniciar
o tratamento no momento certo e garantir uma melhor qualidade de vida.
Confidencialidade
Somente
você terá acesso ao resultado de seu teste. É um direito seu contar – se e
quando quiser – para outras pessoas. Você não será exposto a nenhum tipo de
constrangimento no Programa “Quero Fazer”. Toda equipe está treinada e trabalha
dentro de padrões éticos e de confidencialidade.
Os
profissionais irão conversar com você antes do teste, dando orientações para a
prevenção das DST/HIV/Aids e outros cuidados com a sua saúde. Você receberá o
resultado das mãos de um aconselhador – profissional habilitado para isso – num
espaço reservado, preservando sua intimidade.
Se
o resultado for negativo (não reagente), você receberá informações sobre
prevenção, tirará suas dúvidas e receberá preservativos para prática de sexo
mais seguro.
Em
caso de um resultado positivo (reagente), você sairá com um encaminhamento para
acessar o serviço público de saúde para realização de mais exames e avaliação
médica.
Lembrando
sempre que a Aids ainda não tem cura, mas tem tratamento disponível para todos
pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
ONDE FAZER
RIO DE JANEIRO:
• Grupo Arco- Íris
Dias: terças, quartas e quintas-feiras.
Horário: das 16 às 19 horas
Local: Rua Tenente Possolo, nº 43 – Sobrado – Centro – Rio de Janeiro, próximo a Praça Cruz Vermelha.
Telefones (21) 2222-7286 / (21) 2215-0844.
Dias: terças, quartas e quintas-feiras.
Horário: das 16 às 19 horas
Local: Rua Tenente Possolo, nº 43 – Sobrado – Centro – Rio de Janeiro, próximo a Praça Cruz Vermelha.
Telefones (21) 2222-7286 / (21) 2215-0844.
• Unidade Móvel (trailer)
Dia: quartas-feiras
Horário: das 19 às 23 horas – chegar preferencialmente até às 21 horas
Local: Calçadão de Madureira, na esquina das ruas Carolina Machado com Ministro Edgard Romero.
Telefones: (21) 2332-8270 /(21) 2332-8271.
Contato: Lúcia Xavier
Dia: quartas-feiras
Horário: das 19 às 23 horas – chegar preferencialmente até às 21 horas
Local: Calçadão de Madureira, na esquina das ruas Carolina Machado com Ministro Edgard Romero.
Telefones: (21) 2332-8270 /(21) 2332-8271.
Contato: Lúcia Xavier
RECIFE:
• Unidade Móvel (trailer)
Dias: terças e sextas-feiras
Horário: das 18 às 22 horas – chegar preferencialmente até às 21 horas
Local: terças-feiras na Praça do Carmo (Recife Antigo) ou municípios da Região Metropolitana das 18 às 21h30 // sextas-feiras na Boate MKB das 20h às 01h30h.
Telefone: (81)3184-0205 ou 0207 falar com Gilva, Djair ou Cheylla.
Dias: terças e sextas-feiras
Horário: das 18 às 22 horas – chegar preferencialmente até às 21 horas
Local: terças-feiras na Praça do Carmo (Recife Antigo) ou municípios da Região Metropolitana das 18 às 21h30 // sextas-feiras na Boate MKB das 20h às 01h30h.
Telefone: (81)3184-0205 ou 0207 falar com Gilva, Djair ou Cheylla.
• Casarão das Ninfas – Clube Metrópoles
Dias: sextas-feiras
Horário: das 19 às 23 horas – chegar preferencialmente até às 22 horas
Local: Rua das Ninfas, 125, Boa Vista, Recife (PE).
Tel.: (81) 3423-0123
Dias: sextas-feiras
Horário: das 19 às 23 horas – chegar preferencialmente até às 22 horas
Local: Rua das Ninfas, 125, Boa Vista, Recife (PE).
Tel.: (81) 3423-0123
BRASILIA:
• Unidade Móvel (trailer)
Dias: quintas e sextas-feiras
Horário: das 19 às 23 horas
Local: quintas-feiras no Parque da Cidade (Bar Barulho), atrás do estacionamento do Kart // sextas-feiras no CONIC (Pátio Superior da Rodoviária) – estacionamento (reveza-se entre o CONIC e uma cidade satélite) ou cidades satélites.
Telefone: (61) 3325-6079 (61) 3325-6708 falar com Claudia e/ou Lidiane.
Dias: quintas e sextas-feiras
Horário: das 19 às 23 horas
Local: quintas-feiras no Parque da Cidade (Bar Barulho), atrás do estacionamento do Kart // sextas-feiras no CONIC (Pátio Superior da Rodoviária) – estacionamento (reveza-se entre o CONIC e uma cidade satélite) ou cidades satélites.
Telefone: (61) 3325-6079 (61) 3325-6708 falar com Claudia e/ou Lidiane.
SÃO PAULO:
• Unidade Móvel (trailer)
Dias: domingos
Horário: das 16 às 20 horas
Local: Largo do Arouche. Centro
0800 61 1997 – Disk Saúde
0800 16 2550 – Disk DST/AIDS
Horário: das 16 às 20 horas
Local: Largo do Arouche. Centro
0800 61 1997 – Disk Saúde
0800 16 2550 – Disk DST/AIDS
Ou clique aqui para acessar a lista de programas e CTAs pelo Brasil.
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